quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Modificações fisiológicas na gestação


As adaptações anatômicas e fisiológicas são normais em uma gestação, entretanto, podem provocar algum tipo de desconforto. Algumas dessas alterações podem ser minimizadas com medidas posturais simples, mudança no comportamento ou no estilo de vida.

A maioria das alterações fisiológicas ocorridas no período gestacional são resolvidas após o término da gravidez, sem nenhum prejuízo para a mulher. Abaixo está listado algumas alterações no organismo materno, durante o período da gestação:

  • Útero: Já no primeiro trimestre, começam a aparecer modificações no útero. Ao final da gravidez ele pode aumentar de volume cerca de 500 a 1000 vezes.
  • Vagina: A secreção vaginal pode estar aumentada, isso se deve ao aumento da vascularização e à maior atividade glandular. O pH é mais ácido.
  • Vulva: Pode se apresentar com a coloração violácea. A pele do períneo adquire intensa pigmentação ao longo da gestação.
  • Mamas: No início da gravidez, a partir de 5 a 6 semanas, as mamas aumentam de volume, e tornam-se dolorosas e túrgidas. Observam-se o aumento de veias logo abaixo da pele e o aumento da pigmentação dos mamilos. No segundo trimestre acontece o sinal de Hunter e os Tubérculos de Montgomery. Após os primeiros meses de gestação, pode-se observar a formação do colostro. Com o crescimento exagerado, surgem as estrias gravídicas, consequência do estiramento da pele.                                                                                              
     
  • Boca: Pode ocorrer edema e sangramento das gengivas que se acentua no segundo trimestre da gestação. Pode ocorrer aumento da salivação.
  • Estômago e esôfago: Com o aumento do útero ocorre o deslocamento do estômago, o que retarda o esvaziamento gástrico facilitando o surgimento de azia e refluxo gastroesofágico.
  • Intestino: Devido ao aumento de progesterona, ocorre o retardamento do trânsito intestinal e pode provocar constipação intestinal, especialmente no último trimestre. Hemorroidas são comuns, aparecendo como resultado da constipação intestinal, da vasodilatação periférica e do aumento da pressão nas veias retais por compressão da circulação de retorno.
  • Vesícula biliar: A vesícula biliar mostra esvaziamento lento (consequência da ação da progesterona sobre a musculatura lisa), favorecendo a formação de cálculos de colesterol).
  • Náuseas e vômitos: Ocorre predominantemente no primeiro trimestre, embora mais raramente podem continuar durante toda a gestação.                                                                                       
  • Bexiga: Com o crescimento uterino a bexiga altera sua posição, essa mudança de posicionamento diminui a capacidade residual levando a maior frequência de micções.
  • Ganho de peso: O aumento é atribuído ao útero e ao seu conteúdo(feto, placenta, cordão umbilical, líquido amniótico, etc.), crescimento das mamas, volume sanguíneo e líquido extracelular, etc.
  • Pressão venosa: o útero comprime as veias pélvicas e cava inferior, dificultando o retorno venoso sendo responsável pelo surgimento de edema nos membros inferiores, varizes vulvares e hemorroidas, iniciando no segundo trimestre a avançando com a gestação. 
  • Retenção de água: é comum observar edema nos membros inferiores, principalmente no final do dia.   
  • Pele e cabelo: a hipersecreção das glândulas sebáceas decorrente da ação de progesterona torna a pele da grávida mais oleosa, facilitando a queda de cabelo e o surgimento de acne. Devido aos hormônio a pigmentação da pele pode estar aumentada (importante cuidar com a exposição ao sol). A linha Nigra é uma pigmentação de cor preto-acastanhada na linha média do abdome resultante da ação estimulante dos hormônios. O cloasma é uma mancha acastanhada na face consequente à estimulação dos melanócitos. 
    Cloasma gravídico
  • Linha Nigra
  • Estrias gravídicas: consequente ao estiramento da pele, podem aparecer principalmente no abdome, mamas, glúteos e coxas.Na gestação costumam ser avermelhadas e após esbranquiçadas. 
    Estrias gravídicas
  • Varizes: são comuns devido a compressão da circulação de retorno, surgem nos membros inferiores e região perineal.
  • Sistema respiratório: Sofre algumas modificações para suprir a necessidade aumentada de oxigênio. As gestantes podem sofrer algum grau de restrição respiratória pelo levantamento observado do músculo diafragma no último trimestre de gestação. 

Bibliografia:

Sérgio H. Martins-Costa,José Geraldo Lopes Ramos,José Antônio Magalhães,Eduardo Pandolfi Passos,Fernando Freitas. Rotinas em obstetrícia. Porto Alegre. 7º ed. Artmed. 2017


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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Gravidez: Os 3 primeiros meses de gestação 1º trimestre – de 0 a 13 semanas



A gravidez é um período de grandes transformações para a mulher, para seu parceiro e toda a família. São vivências intensas e por vezes sentimentos contraditórios, momentos de dúvidas, de ansiedade, especialmente se você for adolescente. Você pode estar sonhando com esse momento há muito tempo ou talvez tenha sido surpreendida por uma gravidez inesperada. 

Ao longo desses nove meses seu corpo vai se modificar lentamente, se preparando para o parto e a maternidade. Você vai perceber o aumento dos seios, também pode sentir mais sono, mais fome, enjoos e até ficar mais cansada. Não se preocupe, tudo isso é comum! São as adaptações necessárias da gravidez.

É importante alimentar-se de maneira saudável, não ingerir bebida alcoólica nem fumar ou usar drogas e medicamentos. Nestes casos, peça ajuda ao profissional de saúde. Esse é um período importante do desenvolvimento do feto.

Você deve comparecer mensalmente às consultas do pré-natal e fazer todos os exames solicitados. Aproveite para falar de suas preocupações e sentimentos. Convide seu parceiro/pai do bebê a participar das consultas de pré-natal, caso seja de sua vontade. Pode ser um bom momento para fortalecer a relação de vocês e dele com o bebê. É também uma boa oportunidade para ele se cuidar.

Como seu bebê está se formando?
  • Seu bebê foi gerado a partir do encontro do espermatozoide do homem com o óvulo da mulher. 

  • Com 4 semanas ele é do tamanho de um grão de arroz, seu coração começa a bater e aparecem pequenos brotos que serão depois os braços e as pernas. 
 
4 semanas
  • Ao final de 8 semanas já estão se formando os dedos, as mãos, as orelhas e os órgãos internos. Ele é do tamanho de uma ervilha e pesa mais ou menos 7 gramas. 
8 semanas
  • De 9 a 12 semanas (durante o 3º mês) seu rosto já está quase todo formado e os olhos já têm as pálpebras. Inicia-se o funcionamento do cérebro, e ele já se movimenta e mexe os braços e as pernas. Já se formou o cordão umbilical, que liga o bebê à placenta. 
12 semanas
  • Ao final do o 3º mês o coração já pode ser ouvido durante a consulta de pré-natal. 

BIBLIOGRAFIA:

Brasil. Ministério da saúde. Caderneta da Gestante. Edição eletrônica - 2014

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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Dez passos para uma alimentação saudável - menores de 2 anos


Dez passos para uma alimentação saudável: crianças menores de 2 anos: (Ministério da Saúde, 2011).
  1. Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento. 
  2. Ao completar 6 meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os 2 anos de idade ou mais. 
  3. Ao completar 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia se a criança estiver em aleitamento materno. 
  4. A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma  a respeitar o apetite da criança. 
  5. A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; iniciar com consistência pastosa (papas/purês) e gradativamente, aumentar a consistência até chegar a alimentação da família. 
  6. Oferecer a criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida.
  7. Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. 
  8. Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos, e outras guloseimas, nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação. 
  9. Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir seu armazenamento e conservação adequados. 
     
  10. Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.
Outras dicas:
  • Lavar as mãos antes de preparar as refeições e de alimentar a criança.
  • Oferecer água nos intervalos das refeições. Não oferecer sucos ou alimentos nesses intervalos.
  • Não oferecer restos da alimentação anterior.

BIBLIOGRAFIA:

Ministério da Saúde. Caderneta de saúde da Criança. Brasília - DF 7º ed. 2011. Pág. 14

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Prevenção de problemas na amamentação



Certos cuidados na amamentação podem prevenir problemas como rachaduras no bico do peito, seios empedrados e outros. Por isso é importante:
  • O bebê pegar corretamente a mama.
  • Lavar os mamilos apenas com água, não usar sabonetes, cremes ou pomadas. Não é necessário lavar os mamilos sempre que o bebê for mamar.
  • Retirar um pouco de leite para amaciar a aréola, antes da mamada se a mama estiver muito cheia e endurecida.
  • Conversar com outras mulheres (amigas, vizinhas, parentes), que amamentaram bem e durante bastante tempo seus bebês.
Dificuldades na amamentação:

Rachaduras no bico do peito:
  • Pode ser sinal de que é preciso melhorar o jeito do bebê pegar o peito
  • A mãe pode passar o seu leite na rachadura, se não houver melhora procurar um serviço de saúde.
Mamas empedradas:
  • Quando isso acontece, é preciso esvaziar bem as mamas.
  • A mãe não deve deixar de amamentar; ao contrário, deve amamentar com frequência, sem horários fixos, inclusive à noite.
  • É importante retirar um pouco de leite antes da mamada para amolecer a mama e facilitar para o bebê pegar o peito.
  • Se houver piora procurar um serviço de saúde.
Pouco leite:
  • Para manter uma boa quantidade de leite , é importante que a mãe amamente com frequência. A sucção é o maior estímulo à produção do leite: quanto mais o bebê suga, mais leite a mãe produz.
  • É importante também dar tempo ao bebê para que ele esvazie bem o peito em cada mamada.
  • Se o bebê dorme bem e está ganhando peso, o leite não está sendo pouco.
  • Se a mãe achar que está com pouco leite, deve procurar orientação em um serviço de saúde.
Leite fraco:
  • Não existe leite fraco! Todo leite materno é forte e bom. A cor do leite pode variar, mas ele nunca é fraco.
  • Nem todo choro do bebê é fome. A criança chora quando quer aconchego ou sente algum desconforto.
BIBLIOGRAFIA:

Ministério da Saúde. Caderneta de saúde da Criança. Brasília - DF 7º ed. 2011. Pág. 11

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domingo, 19 de novembro de 2017

Aleitamento materno



Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de implicações na saúde física e psíquica da mãe. (Ministério da Saúde, 2009).

O leite materno é um alimento completo. isso significa que, até os 6 meses, o bebê não precisa de nenhum outro alimento (chá, suco, água ou outro leite). 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam aleitamento materno exclusivo por seis meses e complementado até os dois anos ou mais. Não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança.

A introdução precoce de outros alimentos está associada a:
  • Maior número de hospitalizações por doença respiratória;
  • Maior número de episódios de diarreia;
  • Risco de desnutrição se os alimentos introduzidos forem nutricionalmente inferiores ao leite materno, como, por exemplo, quando os alimentos são muito diluídos;
  • Menor absorção de nutrientes importantes do leite materno, como o ferro e o zinco;
  • Menor eficácia da lactação como método anticoncepcional;
  • Menor duração do aleitamento materno.
Benefícios para o bebê:
  • O leite materno tem tudo o que o bebê precisa até os seis meses, inclusive água, e é de mais fácil digestão que qualquer outro leite, porque foi feito para ele;
  • Funciona como uma verdadeira vacina, protegendo a criança de muitas doenças.
  • É limpo e está sempre pronto e quentinho.
  • Favorece um contato mais íntimo entre a mãe e o bebê.
  • Sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, ajuda a ter dentes bonitos, a desenvolver a fala e a ter uma boa respiração.
Benefícios para a mãe:
  • Reduz o peso rapidamente após o parto.
  • Ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o risco de hemorragia e de anemia após o parto.
  • Reduz o risco de câncer de mama, de ovário e de útero.
  • Pode ser um método natural para evitar uma nova gravidez nos primeiros 6 meses, desde que a mãe esteja amamentando exclusivamente (a criança não recebe nenhum outro alimento) e em livre demanda (dia e noite, sempre que o bebê quiser), e ainda não tenha menstruado.

 O aleitamento materno pode melhorar a qualidade de vida das famílias, uma vez que as crianças amamentadas adoecem menos, necessitam de menos atendimento médico, hospitalizações e medicamentos, o que pode implicar menos faltas ao trabalho dos pais, bem como menos gastos e situações estressantes.

Técnica de amamentação:

A maneira como a mãe e o bebê se posicionam para amamentar e a pega do bebê são muito importantes para que o bebê consiga retirar, de maneira eficiente, o leite da mama e também para não machucar os mamilos.

Uma posição inadequada da mãe e/ou do bebê na amamentação dificulta o posicionamento correto da boca do bebê em relação ao mamilo e à aréola. A má pega dificulta o esvaziamento da mama, levando a uma diminuição da produção do leite. Muitas vezes, o bebê com pega inadequada não ganha o peso esperado apesar de permanecer longo tempo no peito. Isso ocorre porque, nessa situação, ele é capaz de obter o leite anterior, mas tem dificuldade de retirar o leite posterior, mais calórico.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca quatro pontos-chave que caracterizam o posicionamento e pega adequados:


Pontos-chave do posicionamento adequado

1. Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo;
2. Corpo do bebê próximo ao da mãe;
3. Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido);
4. Bebê bem apoiado.




Pontos-chave da pega adequada:

1. Mais aréola visível acima da boca do bebê;
2. Boca bem aberta;
3. Lábio inferior virado para fora;
4. Queixo tocando a mama.

"Pega adequada"

Os seguintes sinais são indicativos de técnica inadequada de amamentação:
  • Bochechas do bebê encovadas a cada sucção;
  • Ruídos da língua;
  • Mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada;
  • Mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê solta a mama;
  • Dor na amamentação;
"Pega inadequada"


OBS.:Quando a mama está muito cheia, a aréola pode estar tensa, endurecida, dificultando a pega. Em tais casos, recomenda-se, antes da mamada, retirar manualmente um pouco de leite da aréola ingurgitada.


Bibliografia: 

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2009. 112 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n. 23)

Brasil. Ministério da Saúde. Caderneta de saúde da Criança. Brasília - DF 7º ed. 2011. Pág. 08

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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Cuidados com o coto umbilical




O cordão umbilical liga o feto a placenta dentro do útero, e é o responsável pelo transporte de nutrientes e oxigênio necessários à sobrevivência dele.

Quando o bebê nasce, o cordão umbilical é cortado, num procedimento indolor, e um pedacinho (o coto) de 2 a 3 centímetros ainda fica ligado à barriga do recém-nascido. 

Após o nascimento, a aparência inicial do cordão umbilical tem aspecto gelatinoso e umedecido, tornando-se seco e endurecido até a queda. Seu desprendimento da parede abdominal ocorre por volta do 4° ao 8° dia de vida, podendo estender-se por até 14 dias.



                                                                               

Caso apresente vermelhidão no local, secreção purulenta, odor fétido, sangramento ou granuloma, procurar um serviço de saúde para avaliação médica.

Granuloma umbilical
O coto umbilical deve ser limpo a cada troca de fralda e após o banho, com haste ou algodão umedecido somente em álcool 70%, com movimentos circulares únicos, em um só sentido, na base onde o coto está inserido no abdome. Retirar secreções, trocando o algodão a cada movimento.


Após a sua queda, limpar por mais duas semanas, uma vez que o tecido ao redor está em fase de cicatrização.
É contraindicado o uso de faixas, moeda, fumo, pois precipitam infecção local. é importante também que o local fique livre de fezes e urina. O cuidador deve lavar as mãos e, se possível, fazer a limpeza antes de trocar a fralda que pode estar contaminada pelas fezes e transportar agentes patógenos para a região.


Bibliografia:

Souza, Aspásia Basile Gesteira. Enfermagem Neonatal cuidado integral ao recém nascido. São Paulo: Martinari, 2011.


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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Banho do recém nascido


O primeiro banho do recém nascido é um momento que envolve a família e é permeado por ritos e expectativas. Muitos não sabem como proceder nesse momento, limpar uma criança escorregadia e contorcendo-se, às vezes chorando, requer prática, mas relaxe, ficará mais fácil a cada vez. 

Antes de começar o banho, é necessário já deixar separado, todos os itens a serem utilizados, pois o bebê não deve ficar muito tempo exposto afim de evitar o resfriamento.

O banho pode ser diário nos períodos mais quentes do dia e o ideal é realizar antes do aleitamento para evitar regurgitação.

A água do banho deve ter um cuidado especial, pois a pele do recém nascido é muito sensível. Atualmente existem termômetros próprios para este tipo de mensuração, caso não seja possível, pode-se testar a temperatura, colocando o punho para sentir se a água está agradável. A temperatura deve variar entre 30 a 37,8°C.

Passo a passo para o banho:

  1. Retire a roupa do bebê, mantendo-o com fralda e coberto para reduzir a perda de calor;
  2.  Apoie o corpo do recém nascido sob a região axilar, segurando a cabeça com uma das mãos;   
                                 
  3. Inicie pela higiene do rosto, limpando os olhos do canto interno para o externo com algodão, gaze ou pano limpo e macio embebido em água;
  4. Ocluir o meato auricular, com dedo anelar e polegar, para evitar a entrada de água, que favorece infecções;                                                                                                                         
  5. Lavar a cabeça com xampu ou sabonete neutro, em pequena quantidade, massageando o couro com movimentos suaves; enxaguar bem. O couro cabeludo pode apresentar-se oleoso e com crostas, nos primeiros dias. Alguns serviços recomendam passar óleo mineral 30 minutos antes, usando pente fino delicadamente, durante o banho, para facilitar a retirada;
  6. Secar o rosto e a cabeça com toalha macia ou fralda de algodão;
  7. Retirar a fralda e e limpar o períneo com um pano macio e água morna;
  8. Colocar o bebe na banheira gradualmente, familiarizando-o com a temperatura da água, segurando-o com firmeza: antebraço esquerdo apoiando a cabeça e mão esquerda segurando o braço esquerdo do bebê. Mantê-lo semi-sentado.                                                                           
  9. Em recém nascidos pequenos, em dias de frio, pode-se mergulhar a criança envolvida em toalha ou fralda de tecido.
  10. Limpar com sabão apropriado para bebês, em mínima quantidade possível: tórax anterior, abdome, braços, pernas, e coto/cicatriz umbilical, genitais. Enxaguar aos poucos.                       
  11. Virar a criança e ensaboar o dorso, glúteos, coxas e pernas: girar o bebe de modo que o braço esquerdo passe a apoiar o peito e o dorso da criança. A mão esquerda segura o braço direito do recém nascido. Atentar para o rosto não alcançar a água;                                                             
  12. Secar cuidadosamente as dobras, palma das mãos e entre os dedos. A fralda de algodão seria uma boa opção. As toalhas com capuz também são úteis;
  13. Vestir tórax, colocar fralda, deixando o coto descoberto e colocar o resto da roupa de acordo com a temperatura ambiente.
  14. Completar com higiene nasal e introito das orelhas.
OBS.: Se o recém nascido urinar ou evacuar no início do banho, secar e aquecer o bebê, lavar a banheira, trocar a água e continuar o procedimento.
           Não esfregar o sabonete diretamente na pele. os agentes de limpeza devem apresentar o pH neutro e o mínimo de perfumes.



Bibliografia utilizada:

Souza, Aspásia Basile Gesteira. Enfermagem Neonatal cuidado integral ao recém nascido. São Paulo: Martinari, 2011

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segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Teste do Pezinho



Descobrir uma doença antes que os sintomas se instalem é a melhor forma de conter seu avanço. Por isso, a triagem neonatal é uma importante ferramenta de prevenção. 

O Ministério da Saúde recomenda a realização do teste do pezinho preferencialmente do 3° ao 5° dia de vida, devido às especificidades das doenças diagnosticadas atualmente, devendo a família levar o bebê ao serviço de saúde mais próximo já na primeira semana de nascimento.

A triagem realizada na rede pública detecta 4 tipos de doenças, todas elas tratáveis, o que justifica a importância da realização do teste nos primeiros dias de vida.

O exame é fácil e rápido, o ideal, é que os pés do recém nascido estejam bem quentinhos para facilitar a saída do sangue.



Abaixo cada uma das doenças que o exame pode detectar:

Fenilcetonúria


A Fenilcetonúria é um dos erros inatos do metabolismo, O defeito metabólico gerado, frequentemente causado pela enzima Fenilalanina, leva ao acúmulo do aminoácido no sangue e ao aumento da Fenilalanina.  Foi a primeira doença genética a ter tratamento estabelecido com terapêutica dietética específica.

 A criança afetada pela Fenilcetonúria sem tratamento, apresenta um quadro clínico, caracterizado por atraso global do desenvolvimento neuropsicomotor, deficiência mental, comportamento agitado ou padrão autista, convulsões, alterações eletroencefalográficas e odor característico na urina. Os pacientes cujo diagnóstico foi feito no período neonatal e foram submetidos à terapia dietética adequada não apresentarão o quadro clínico acima descrito. 

O diagnóstico estabelecido pelos programas de Triagem Neonatal é o ideal, pois permitirá o tratamento precoce, o qual evitará o desenvolvimento do quadro clínico.

O tratamento preconizado deve ser mantido por toda a vida. A suspensão da dieta pode resultar em deterioração intelectual e comportamental, sendo, portanto, aconselhável a manutenção da dieta por toda a vida.

Hipotireoidismo congênito

O Hipotireoidismo Congênito  é causado pela incapacidade da glândula tireoide do recém-nascido em produzir quantidades adequadas de hormônios, que resulta numa redução generalizada dos processos metabólicos.

As crianças não submetidas a Programas de Triagem Neonatal e, consequentemente, não tratadas precocemente, terão o crescimento e desenvolvimento mental seriamente comprometidos.

Já a maioria das crianças que tem o diagnóstico precoce estabelecido não deverá apresentar sintomatologia clínica, desde que a terapia de reposição hormonal seja iniciada no tempo oportuno. O momento ideal para o diagnóstico do Hipotireoidismo Congênito é, sem dúvida, o período neonatal, pois é a partir da segunda semana de vida a deficiência de hormônios tireóideos poderá causar alguma lesão neurológica.

Doença falciforme:

A Doença Falciforme é uma doença genética, causada por um defeito na estrutura da hemoglobina, que leva as hemácias a assumirem forma de lua minguante, quando expostas a determinadas condições, como febre alta, baixa tensão de oxigênio, infecções etc. As alterações genéticas (mutação) nessa proteína (hemoglobina) são transmitidas de geração em geração (padrão de herança familiar).


O paciente afetado apresenta as seguintes alterações clínicas: anemia hemolítica, crises vaso-oclusivas, crises de dor, insuficiência renal progressiva, acidente vascular cerebral, maior susceptibilidade a infecções e sequestro esplênico. Podem ocorrer também alterações no desenvolvimento neurológico, com provável etiologia vaso-oclusiva de sistema nervoso central.

O diagnóstico da doença falciforme pelo teste do pezinho, antes do aparecimento dos sintomas clínicos, encoraja a implementação de práticas de cuidados preventivos e orientação aos pais em relação ao recém-nascido. Permite também uma ação pedagógica sobre a condição genética da família e risco de recorrência em futuras gestações, por meio de orientação familiar ou aconselhamento genético.

Fibrose cística:

A Fibrose Cística ou Mucoviscidose, é uma das doenças hereditárias consideradas graves,  e afeta especialmente os pulmões e o pâncreas, num processo obstrutivo causado pelo aumento da viscosidade do muco. Nos pulmões, esse aumento na viscosidade bloqueia as vias aéreas propiciando a proliferação bacteriana, o que leva à infecção crônica, à lesão pulmonar e ao óbito por disfunção respiratória. No pâncreas, quando os ductos estão obstruídos pela secreção espessa, há uma perda de enzimas digestivas, levando à má nutrição.

Diante de uma doença com um prognóstico tão grave e cuja sintomatologia manifesta-se geralmente em torno dos primeiros anos de vida, os programas de triagem neonatal são de importância fundamental para o seu acompanhamento adequado.

O tratamento do paciente com Fibrose Cística consiste em acompanhamento médico regular, suporte dietético, utilização de enzimas pancreáticas, suplementação vitamínica (vitaminas A, D, E, K) e fisioterapia respiratória. Quando em presença de complicações infecciosas, é indicada a antibioticoterapia. Além do esquema vacinal habitual, as crianças devem receber também imunização antipneumocócica e anti-hemófilos.




A bibliografia utilizada neste blog encontra-se no seguinte endereço:

Triagem neonatal biológica - Ministério da Saúde - 2016


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sábado, 11 de novembro de 2017

Vacinação do recém nascido

Muitas mães ficam ansiosas com a chegada do recém nascido, principalmente quando se trata do primeiro filho. As dúvidas vão surgindo e muitas vezes a internet se torna uma perigosa fonte de conhecimento, trazendo mais ansiedade ao deixar dúvidas sobre o que é certo ou não. Pensando nisso, resolvi trazer nesta postagem, algumas informações sobre as primeiras vacinas do recém nascido, a fim de tornar esse momento menos angustiante.

Assim que o bebê nasce, podemos aplicar duas vacinas: a BCG e a Hepatite B.

Vacina contra a Hepatite B:

A hepatite B é uma doença viral que cursa de forma assintomática ou sintomática. O risco de cronificação pelo vírus B depende da idade na qual ocorre a infecção, sendo que em menores de um ano chega a 90%, causando como complicações cirrose hepática e câncer no fígado. (Por isso a importância da vacinação logo no início da vida).

Algumas características da vacina:
  • previne a infecção pelo vírus da hepatite B, a vacina é indicada o mais precoce possível, nas primeiras 24 horas de vida, preferencialmente nas primeiras 12 horas, ainda na maternidade ou na primeira visita ao serviço de saúde, até 30 dias de vida. 
  • Se por algum motivo, a vacina não for aplicada nesse período, não se preocupe, pois o bebê irá receber outras doses aos 2, 4 e 6 meses de idade com a Pentavalente. 
  • Aplicada no vasto-lateral da coxa, a vacina contra a hepatite B não costuma apresentar efeitos adversos sistêmicos ou no local. 
  •  Não dê medicamento profilático, pois a vacina não costuma causar febre e o medicamento pode reduzir a resposta imune do bebê.





Vacina BCG (bacilo de Calmette e Guérin):

A tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo M. tuberculosis, que atinge, principalmente, o pulmão, podendo, entretanto, se localizar em outras partes do organismo: rins, ossos e meninges, dentre outras. Uma das formas mais graves é a Tuberculose miliar, decorrente de disseminação hematogênica com acometimento sistêmico, quadro tóxico infeccioso importante e grande risco de meningite. Essa forma grave da doença pode ser evitada com a vacina BCG.

Algumas características da vacina:
  • A vacina é preparada com bacilos vivos enfraquecidos, a partir de cepas do M. bovis. É indicada para prevenir as formas graves da tuberculose (miliar e meníngea).
  • O esquema de dose única, deve ser aplicada o mais precoce possível, preferencialmente nas primeiras 12 h após o nascimento, ainda na maternidade. (Caso o hospital não ofereça a vacina procurar o posto de saúde mais próximo).
  • A administração deve ser adiada quando a criança apresentar imunodeficiência ou peso inferior a 2 kg.
  • A administração da vacina é feita na região do músculo deltoide. O uso do braço direito tem por finalidade facilitar a identificação da cicatriz  em avaliações da atividade de vacinação.
  • Crianças que foram vacinadas com BCG e que não apresentam cicatriz vacinal após os 6 meses, deve ser revacinada apenas uma vez.
  • Imediatamente após a injeção da vacina aparece no local uma pápula de aspecto esbranquiçado e poroso, com bordas nítidas e delimitadas. (Não comprimir o local a pápula desaparece logo depois). 
  • A lesão vacinal evolui da seguinte forma:

* após a administração, de 3 a 4 semanas, surge um nódulo (caroço) no local;



* entre 4 a 5 semanas, o nódulo evolui para uma pústula (ferida com pus);  



* em seguida, evolui para uma úlcera (ferida aberta) de 4 a 10 mm de diâmetro; e 


* entre 6 a 12 semanas, finalmente, forma-se uma crosta (ferida com casca em processo de cicatrização); 


* Cicatriz vacinal final:





  • Cuidados com a lesão: 
* Não cubra a úlcera que resulta da evolução normal da lesão vacinal; 
* não faça uso de compressas; 
* o local deve ser sempre limpo; 
* não é necessário colocar nenhum medicamento nem realizar curativo.



Referências Bibliográficas utilizadas para consulta:

Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação

Doenças infecciosas e parasitárias guia de bolso

O conteúdo deste blog foi atualizado na data da publicação. Para maiores informações acesse os sites:

Ministério da Saúde Vacinação

SBIM


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