Muitas mães ficam ansiosas com a chegada do recém nascido, principalmente quando se trata do primeiro filho. As dúvidas vão surgindo e muitas vezes a internet se torna uma perigosa fonte de conhecimento, trazendo mais ansiedade ao deixar dúvidas sobre o que é certo ou não. Pensando nisso, resolvi trazer nesta postagem, algumas informações sobre as primeiras vacinas do recém nascido, a fim de tornar esse momento menos angustiante.
Assim que o bebê nasce, podemos aplicar duas vacinas: a BCG e a Hepatite B.
Vacina contra a Hepatite B:
A hepatite B é uma doença viral que cursa de forma assintomática ou sintomática. O risco de cronificação pelo vírus B depende da idade na qual ocorre a infecção, sendo que em menores de um ano chega a 90%, causando como complicações cirrose hepática e câncer no fígado. (Por isso a importância da vacinação logo no início da vida).
Algumas características da vacina:
- previne a infecção pelo vírus da hepatite B, a vacina é indicada o mais precoce possível, nas primeiras 24 horas de vida, preferencialmente nas primeiras 12 horas, ainda na maternidade ou na primeira visita ao serviço de saúde, até 30 dias de vida.
- Se por algum motivo, a vacina não for aplicada nesse período, não se preocupe, pois o bebê irá receber outras doses aos 2, 4 e 6 meses de idade com a Pentavalente.
- Aplicada no vasto-lateral da coxa, a vacina contra a hepatite B não costuma apresentar efeitos adversos sistêmicos ou no local.
- Não dê medicamento profilático, pois a vacina não costuma causar febre e o medicamento pode reduzir a resposta imune do bebê.
Vacina BCG (bacilo de Calmette e Guérin):
A tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo M. tuberculosis, que atinge, principalmente, o pulmão, podendo, entretanto, se localizar em outras partes do organismo: rins, ossos e meninges, dentre outras. Uma das formas mais graves é a Tuberculose miliar, decorrente de disseminação hematogênica com acometimento sistêmico, quadro tóxico infeccioso importante e grande risco de meningite. Essa forma grave da doença pode ser evitada com a vacina BCG.
Algumas características da vacina:
- A vacina é preparada com bacilos vivos enfraquecidos, a partir de cepas do M. bovis. É indicada para prevenir as formas graves da tuberculose (miliar e meníngea).
- O esquema de dose única, deve ser aplicada o mais precoce possível, preferencialmente nas primeiras 12 h após o nascimento, ainda na maternidade. (Caso o hospital não ofereça a vacina procurar o posto de saúde mais próximo).
- A administração deve ser adiada quando a criança apresentar imunodeficiência ou peso inferior a 2 kg.
- A administração da vacina é feita na região do músculo deltoide. O uso do braço direito tem por finalidade facilitar a identificação da cicatriz em avaliações da atividade de vacinação.
- Crianças que foram vacinadas com BCG e que não apresentam cicatriz vacinal após os 6 meses, deve ser revacinada apenas uma vez.
- Imediatamente após a injeção da vacina aparece no local uma pápula de aspecto esbranquiçado e poroso, com bordas nítidas e delimitadas. (Não comprimir o local a pápula desaparece logo depois).
- A lesão vacinal evolui da seguinte forma:
* após a administração, de 3 a 4 semanas, surge um nódulo (caroço) no local;
* entre 4 a 5 semanas, o nódulo evolui para uma pústula (ferida com pus);
* entre 6 a 12 semanas, finalmente, forma-se uma crosta (ferida com casca em processo de cicatrização);
* Cicatriz vacinal final:
- Cuidados com a lesão:
* não faça uso de compressas;
* o local deve ser sempre limpo;
* não é necessário colocar nenhum medicamento nem realizar curativo.
Referências Bibliográficas utilizadas para consulta:
Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação
Doenças infecciosas e parasitárias guia de bolso
O conteúdo deste blog foi atualizado na data da publicação. Para maiores informações acesse os sites:
Ministério da Saúde Vacinação
SBIM
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