domingo, 19 de novembro de 2017

Aleitamento materno



Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de implicações na saúde física e psíquica da mãe. (Ministério da Saúde, 2009).

O leite materno é um alimento completo. isso significa que, até os 6 meses, o bebê não precisa de nenhum outro alimento (chá, suco, água ou outro leite). 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam aleitamento materno exclusivo por seis meses e complementado até os dois anos ou mais. Não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança.

A introdução precoce de outros alimentos está associada a:
  • Maior número de hospitalizações por doença respiratória;
  • Maior número de episódios de diarreia;
  • Risco de desnutrição se os alimentos introduzidos forem nutricionalmente inferiores ao leite materno, como, por exemplo, quando os alimentos são muito diluídos;
  • Menor absorção de nutrientes importantes do leite materno, como o ferro e o zinco;
  • Menor eficácia da lactação como método anticoncepcional;
  • Menor duração do aleitamento materno.
Benefícios para o bebê:
  • O leite materno tem tudo o que o bebê precisa até os seis meses, inclusive água, e é de mais fácil digestão que qualquer outro leite, porque foi feito para ele;
  • Funciona como uma verdadeira vacina, protegendo a criança de muitas doenças.
  • É limpo e está sempre pronto e quentinho.
  • Favorece um contato mais íntimo entre a mãe e o bebê.
  • Sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, ajuda a ter dentes bonitos, a desenvolver a fala e a ter uma boa respiração.
Benefícios para a mãe:
  • Reduz o peso rapidamente após o parto.
  • Ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o risco de hemorragia e de anemia após o parto.
  • Reduz o risco de câncer de mama, de ovário e de útero.
  • Pode ser um método natural para evitar uma nova gravidez nos primeiros 6 meses, desde que a mãe esteja amamentando exclusivamente (a criança não recebe nenhum outro alimento) e em livre demanda (dia e noite, sempre que o bebê quiser), e ainda não tenha menstruado.

 O aleitamento materno pode melhorar a qualidade de vida das famílias, uma vez que as crianças amamentadas adoecem menos, necessitam de menos atendimento médico, hospitalizações e medicamentos, o que pode implicar menos faltas ao trabalho dos pais, bem como menos gastos e situações estressantes.

Técnica de amamentação:

A maneira como a mãe e o bebê se posicionam para amamentar e a pega do bebê são muito importantes para que o bebê consiga retirar, de maneira eficiente, o leite da mama e também para não machucar os mamilos.

Uma posição inadequada da mãe e/ou do bebê na amamentação dificulta o posicionamento correto da boca do bebê em relação ao mamilo e à aréola. A má pega dificulta o esvaziamento da mama, levando a uma diminuição da produção do leite. Muitas vezes, o bebê com pega inadequada não ganha o peso esperado apesar de permanecer longo tempo no peito. Isso ocorre porque, nessa situação, ele é capaz de obter o leite anterior, mas tem dificuldade de retirar o leite posterior, mais calórico.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca quatro pontos-chave que caracterizam o posicionamento e pega adequados:


Pontos-chave do posicionamento adequado

1. Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo;
2. Corpo do bebê próximo ao da mãe;
3. Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido);
4. Bebê bem apoiado.




Pontos-chave da pega adequada:

1. Mais aréola visível acima da boca do bebê;
2. Boca bem aberta;
3. Lábio inferior virado para fora;
4. Queixo tocando a mama.

"Pega adequada"

Os seguintes sinais são indicativos de técnica inadequada de amamentação:
  • Bochechas do bebê encovadas a cada sucção;
  • Ruídos da língua;
  • Mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada;
  • Mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê solta a mama;
  • Dor na amamentação;
"Pega inadequada"


OBS.:Quando a mama está muito cheia, a aréola pode estar tensa, endurecida, dificultando a pega. Em tais casos, recomenda-se, antes da mamada, retirar manualmente um pouco de leite da aréola ingurgitada.


Bibliografia: 

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2009. 112 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n. 23)

Brasil. Ministério da Saúde. Caderneta de saúde da Criança. Brasília - DF 7º ed. 2011. Pág. 08

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